Fenômenos atmosféricos modificam o clima de todo o planeta

El Niño começa a enfraquecer mas ainda influencia temperaturas em 2024
quinta-feira, 01 de fevereiro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
Fenômenos atmosféricos modificam o clima de todo o planeta

Quase seis milhões de brasileiros foram afetados pelas chuvas e secas em 2023. Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios revela que 5,8 milhões de brasileiros foram diretamente afetados pelo impacto das chuvas e das secas em 2023, incluindo casos de perda de vidas, desalojamentos e perdas econômicas significativas.

Desastres naturais, ou seja, fenômenos derivados de mudanças do ciclo da Terra, fazem parte da geodinâmica terrestre e da natureza do próprio planeta. No Brasil, esses fenômenos tendem a ocorrer em grande escala, também, devido à dimensão territorial do país. 

No entanto, a ocorrência desses episódios nos últimos meses tem chamado atenção, não somente pelas consequências desastrosas que afetam diretamente a população, mas também pela quantidade e variação dos tipos de desastres ou desequilíbrios ambientais; que vão de um extremo ao outro.

O conceito de que “a mãe terra é um ser vivo” foi oficializado pela primeira vez em 2010, na Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra, em um contexto no qual acontecia a Conferência Mundial dos Povos sobre as Mudanças Climáticas — quando especialistas ambientais do mundo todo discutiram as ações necessárias para o combate às alterações climáticas derivadas de processos humanos. 

Na época do degelo pós era glacial, há 10 mil anos, as áreas verdes da Terra representavam mais da metade de toda sua extensão, o equivalente a 57%; e os outros 43% eram locais impróprios para o desenvolvimento das sociedades por motivos climáticos e ambientais: regiões polares, ainda congeladas, e terras inférteis como desertos e dunas.

Nos primeiros cinco mil anos de civilização, apenas 10% das áreas verdes se perderam, resultado do baixo crescimento da população, que girava em torno de 50 milhões de habitantes na época. Contudo, à medida em que as sociedades humanas se desenvolveram, as áreas florestais perderam espaço: em apenas 350 anos, 23% delas foi dizimado — uma redução sete vezes maior do que havia sido observado antes.

O tempo no Brasil

O El Niño modifica o clima de todo o planeta, ocasionando enchentes ou secas intensas, além do aumento da temperatura da Terra. Análise dos dados semanais de anomalia de temperatura da superfície do mar, combinados com projeções de modelos numéricos, indica com alto grau de probabilidade que o pico do evento do fenômeno já foi alcançado. Assim, a partir de agora — fevereiro —, a tendência é de gradual decaimento.

Conforme as estimativas, neste trimestre — de janeiro a março — a probabilidade é de 100% de El Niño. Já no trimestre de fevereiro a abril, o NOAA indica 94% de probabilidade de El Niño, 6% de neutralidade e 0% de La Niña.

Como vai ser o tempo no Brasil em fevereiro? Apesar do El Niño estar enfraquecendo, a projeção dos meteorologistas é que ainda haverá influência do fenômeno nas temperaturas e nas chuvas. Por isso, as temperaturas devem ficar acima da média em praticamente todo o país. A previsão é de que os termômetros fiquem acima de 25ºC, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Em áreas do Amazonas, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, a temperatura média pode chegar a 30ºC.

A previsão também indica tendência de chuva abaixo da média em parte da região Norte e em áreas da região Sul e dos estados de Mato Grosso e Goiás. 

Já em grande parte das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, a previsão indica total de chuva dentro ou ligeiramente acima da média para o mês. O mesmo vale para áreas do Pará, Amapá, Tocantins e Paraná. (Fonte: Poder 360)

 

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