A um mês e meio do fim do ano, é tempo de quitar as dívidas e começar 2024 no azul

O primeiro passo deve ser o corte de despesas supérfluas, como assinaturas ou compra de bens desnecessários
sexta-feira, 17 de novembro de 2023
por Sophia Camargo
A um mês e meio do fim do ano, é tempo de quitar as dívidas e começar 2024 no azul

Faltando 45 dias para terminar o ano, será possível quitar as dívidas até o fim do ano e começar 2024 no azul? Afinal, entra ano, sai ano, o incômodo com as dívidas e uma certa sensação de fracasso tomam conta de muita gente que tinha esperanças de colocar as contas em dia a partir de janeiro. Então, como encerrar esse círculo vicioso? Será que é possível ficar no azul em janeiro?

Para responder como quitar dívidas e se manter no azul, ouvimos quatro especialistas: Angélica Alves de Araújo, Giane Coelho, Thiago Ramos e Valter Police. Suas respostas formam uma trilha segura para que você consiga não só quitar dívidas, mas também começar 2024 no domínio da sua vida financeira. Confira o passo a passo:

Esqueça o medo e ​analise seu orçamento

O primeiro passo é deixar o medo de lado e encarar de frente a sua situação financeira, pois é comum que as pessoas tenham uma ideia equivocada de quanto recebem ou quanto gastam. E algumas vezes nem sequer têm ideia do que se passa nas suas contas. 

“Tenho clientes que me dizem que têm medo de abrir o extrato, pavor de olhar a fatura do cartão de crédito. Isso significa que a pessoa não tem noção de como está a sua situação financeira”, conta Giane Coelho. 

Por esse motivo, o conselho unânime dos especialistas é começar a organizar as contas fazendo o orçamento doméstico. 

“O primeiro passo é anotar em um caderno ou em uma planilha tudo que recebe e tudo que gasta ao longo do mês para não gastar mais do que ganha”, explica Thiago Ramos, acrescentando que esta é a regra de ouro.

Faça uma lista ​de suas dívidas

O segundo passo é fazer um levantamento de todas as dívidas existentes, seja com cartão de crédito, financiamentos, empréstimos, cheque especial ou dívidas com parentes, explica Valter Police. Vale lembrar que este levantamento deve incluir todas as dívidas, inclusive as que estão sendo pagas. 

Após listar as dívidas, faça uma classificação de cada uma delas: quais as que estão em aberto, quais são as que têm os juros mais altos, quais as que têm bens envolvidos como casa ou carro, dívidas com plano de saúde, com contas básicas como água ou luz, e assim por diante.

Corte ​despesas

A seguir, volte ao orçamento doméstico e verifique que despesas cortar para começar a pagar as dívidas. O primeiro corte deve começar pelas despesas supérfluas, como assinaturas, academia ou compra de bens não necessários.

Procure uma renda extra

Valter Police recomenda fazer um “mapeamento das suas possibilidades”, verificando se é possível obter uma renda extra. Exemplos: quem tem carro ou moto pode se inscrever em aplicativos de entregas ou carona; se tiver um imóvel de veraneio, pode pensar em alugar. Se souber fazer algo muito bem, pode vender esse serviço. As possibilidades são muitas.

Aproveite ​o 13º salário

No fim do ano, muitas pessoas recebem o 13º salário, além de outras bonificações. A dica é aproveitar esses ganhos para quitar as dívidas. 

Renegocie as dívidas

Com o orçamento em ordem, é hora de procurar os credores. Thiago Ramos lembra que o final do ano é a época mais propícia para conseguir renegociar as dívidas, pois muitas empresas participam dos chamados feirões de renegociação.

Ao renegociar as dívidas, tome o devido cuidado para que as parcelas fiquem dentro do orçamento e possam ser pagas todo mês, sem falta. Outra dica dos especialistas é trocar dívidas com juros altos, mais caras, como cartão de crédito e cheque especial, por outras mais baratas, como empréstimo pessoal ou consignado.

Não faça ​novas dívidas

Se o objetivo é zerar as dívidas, então não se endivide novamente — pelo menos não tão cedo… E não compre nada em parcelas, apenas à vista. Antes de comprar, se pergunte se é mesmo necessário. E se não for possível pagar à vista, não compre.

Avalie os motivos que​ o fizeram se endividar

Angélica Araújo diz que um passo importante, mas muitas vezes esquecido, é pensar sobre os motivos que levaram a essa situação. E, para isso, é preciso avaliar como e por que cada uma das dívidas foi contraída.

“Muitas vezes a dívida foi contraída por uma motivação legítima, necessária. Mas de outras vezes, você vai descobrir que fez uma compra por impulso, por não conseguir dizer não ou apenas para acompanhar os amigos com quem estava no momento”, diz. Ao descobrir essas motivações, será mais fácil não cair na mesma armadilha.

Transforme o cuidado ​com as finanças em hábito

Por fim, é preciso que esse passo a passo se torne um hábito. “Assim como para ter um corpo saudável é preciso ter uma alimentação balanceada e fazer exercícios com regularidade, no mundo das finanças, para ser e se manter saudável é preciso seguir algumas regras básicas: não gastar o que não tem, viver abaixo das suas receitas e se manter sempre atento às suas contas”, explica Police.

“E se não der para resolver todos os problemas até 31 de dezembro, tudo bem. O importante é que você já vai começar o próximo ano muito melhor do que está terminando esse”, conclui. (Fonte: inteligenciafinanceira.com.br) 

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