Internações e mortes causadas pelo vírus Influenza aumentam

Idosos, doentes crônicos e crianças são os mais afetados em todo o Brasil
terça-feira, 07 de maio de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: iStock)
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O número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) continua a aumentar no Brasil, principalmente as infecções por vírus sincicial respiratório (VSR) e por Influenza. Os dados estão na nova edição do Boletim InfoGripe, divulgado na semana passada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As informações levam em conta a Semana Epidemiológica 17, (de  21 a 27 de abril).

Segundo o boletim, a maior circulação do VSR tem gerado aumento expressivo da incidência e mortalidade de SRAG nas crianças de até 2 anos de idade. Outros vírus respiratórios que se mantêm com incidência alta na população infantil são Sars-CoV-2 (covid-19) e rinovírus. Entre os idosos, o número de mortes por SRAG continua mais elevado, com predomínio da covid-19. 

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os principais casos de resultado positivo para vírus respiratórios foram:. 58,0% para vírus sincicial; 7,9% para Sars-CoV-2 (covid-19); 24,3% para Influenza A e 0,4% para Influenza B. Em relação às mortes nas quatro últimas semanas, os principais responsáveis foram: 46,4% para Sars-CoV-2 (covid-19); 38,0% para Influenza A; 11,6% para vírus sincicial respiratório e 1,1% para Influenza B. Quando se considera os casos positivos do ano corrente, os números são: 35,8% de vírus sincicial respiratório (VSR); 35,0% de Sars-CoV-2 (covid-19); 16,3% são de Influenza A e 0,3% de Influenza B. 

Vacina e uso de máscaras

Diante desse quadro epidemiológico, a vacinação é fundamental, destaca o pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz e coordenador do Boletim InfoGripe, Marcelo Gomes. “É muito importante que a população busque se vacinar contra a Influenza, que está com campanha  ampliada para todas as faixas etárias. Mas como não é o único vírus respiratório que está com grande circulação, só a vacina da gripe não vai resolver todos os problemas. Ela vai ajudar, obviamente, a diminuir essas internações especificamente associadas ao vírus. Por isso, o uso de boas máscaras também é um aliado extremamente fundamental, especialmente para quem tiver indo para unidade de saúde, e também a pessoa que estiver com sintomas de infecção respiratória”, sugere. 

O pesquisador também reforça a importância do uso de boas máscaras (N95, KN95 e PFF2) para quem apresenta sintomas de resfriado. Elas ajudam a diminuir o risco de transmissão para outras pessoas. “Faça repouso, faça o isolamento, porque isso também vai ajudar não só na sua própria recuperação, como também diminuir a exposição do restante da população”, aconselha Marcelo Gomes.

Panorama nos Estados

Na análise por estados, 22 registram crescimento de casos de SRAG na tendência de longo prazo: Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins. 

Em relação aos casos de SRAG por covid-19, o indicativo é de queda nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Nas demais regiões, a tendência é de estabilidade em patamares relativamente baixos. Na análise por capitais, 19 apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju, Boa Vista, Plano Piloto e arredores de Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio de Janeiro, São Luís, São Paulo e Vitória. (Agência Brasil

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