A importância do trabalho humanitário no mundo e no Brasil

sexta-feira, 19 de agosto de 2022
por Jornal A Voz da Serra
A importância do trabalho humanitário no mundo e no Brasil

O Dia Mundial Humanitário foi assim designado para 19 de agosto em sessão plenária da Assembleia Geral das Nações Unidas realizada em 11 de dezembro de 2008, para homenagear todos os funcionários e colaboradores das Nações Unidas que perderam suas vidas no cumprimento de suas missões, dedicadas à promoção da causa humanitária. 

A resolução convida todos os Estados-Membros (o sistema das Nações Unidas) dentro dos recursos existentes, bem como outras organizações internacionais e organizações não governamentais, a observar anualmente esse dia, que também é dedicado à Memória dos Trabalhadores Humanitários, mortos no exercício de suas funções.

No ataque à sede da ONU em Bagdá, Iraque, em 19 de agosto de 2003, 21 funcionários e colaboradores morreram, entre eles, o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, alto comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos, e representante especial do Secretário Geral das Nações Unidas para o Iraque.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) lidera o planejamento e orientação das celebrações do Dia Mundial Humanitário pelos governos, pelas Nações Unidas, pelas organizações humanitárias internacionais e ONGs de todo o mundo.

Essa data foi comemorada pela primeira vez em 19 de agosto de 2009. Nomeada embaixadora da causa em 2012, a cantora americana Beyoncé Knowles doou a música I Was Here, de sua autoria, para o projeto batizado com este mesmo nome. 

No Brasil e em Nova Friburgo

São diversas as crises que afetam o mundo, neste momento, provocando o aumento do número de pessoas em situação de vulnerabilidade. São exemplos a crise dos refugiados, a crise sanitária causada pela Covid-19, as guerras, a crise climática e a cada vez mais dramática e consequente crise da fome.

A quantidade de pessoas em situação de extrema pobreza vem crescendo e se estendendo a vários países. O número de conflitos armados em vários países tem reflexos diretos no disparado aumento do número de refugiados, que buscam abrigo e segurança em países europeus e EUA, inclusive no Brasil. Tantos tragédias simultâneas agravam problemas como a violência urbana, doméstica, o preconceito e a discriminação, de todo tipo. 

Na tentativa de amenizar o estado de penúria que se abateu sobre a camada mais pobre no Brasil, está em andamento no Rio de Janeiro o projeto Ação da Cidadania / Contra a Fome a Miséria e Pela Vida, criada em 1993 pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, já falecido. Seu filho Daniel de Souza, vem dando continuidade ao projeto que conta com centenas de voluntários.

Em Nova Friburgo, associações voltadas para diferentes frentes desenvolvem projetos para atender a população que vive à margem da sociedade, desemparada e sem acesso às necessidades mais básicas, como não ter o que comer. 

Uma dessas entidades é o Rotary Club de Nova Friburgo, cujos projetos humanitários atendem diversos grupos com distribuição de cestas básicas, exames de vista e doação de óculos para estudantes, tratamento odontológico, serviço de prevenção do câncer de mama, combate à fome, entre muitos outros. 

O Lions Clube de Nova Friburgo está realizando a Campanha Adoçante para Diabetes, até 30 de agosto. A Maçonaria vai comemorar o Dia do Maçom — 20 de agosto, na Praça Demerval Barbosa Moreira, com  arrecadação de alimentos para doação. Ao público será oferecido uma extensa programação, das 10h às 17h, com atendimento ao público de diversos serviços e sorteio de produtos e brindes. 

Entre outras entidades, a OAB Mulher, Acianf, Firjan, além de manter seus próprios projetos, fazem parcerias importantes em atividades esportivas, no combate à insegurança alimentar e tantos outros, nos quais contam com um grupo de voluntários abnegados à causa sagrada de ajudar o próximo, de propiciar dignidade à condição humana.

Segundo o IBGE, em 2018, mais de 7 milhões de pessoas realizaram algum tipo de trabalho voluntário no Brasil. Esse número significa que 4,3% da população doou seu tempo por alguma causa humanitária. E você, faz parte dessa estatística?

A prática da solidariedade é um gesto que ajuda a transformar  vidas e beneficia a quem se dispõe a apoiar outras pessoas

  • Mostrar-se presente

É comum associarmos a prática da solidariedade ao ato de fazer doações de alimentos, roupas ou mesmo financeiras às pessoas que precisam de ajuda. Entretanto, em muitos casos basta prestar um pouco de atenção para perceber que o apoio que alguém precisa vai além dos itens materiais. Há inúmeros exemplos de solidariedade.

Por exemplo, o isolamento social causado pela pandemia gerou ou mesmo agravou os quadros de depressão e ansiedade. Por esse motivo, é importante se mostrar presente e disponível às pessoas do seu convívio que estão sofrendo com algum desses problemas. Ouça o que ela tem a dizer, e, se for o caso, a incentive a buscar ajuda de um profissional. Isto também é ser solidário com amigos e familiares. E mais: 

  • Doar sangue

Sabemos que não há época certa do ano para doar sangue, afinal, os bancos de sangue de todo o país necessitam doações a todo momento. Os homens podem doar sangue até quatro vezes em um ano, enquanto mulheres podem doar até três vezes. A cada bolsa de sangue doada, quatro vidas podem ser salvas. É muita solidariedade com um único gesto. 

  • Participar para transformar

Atuar como voluntário em um projeto social pode ser transformador. Há quem considere mágica a troca de experiências e dê o melhor de si em ações para retribuir à comunidade as oportunidades que a vida oferece.

Não apenas em projetos que necessitam de envolvimento frequente do voluntário, durante todo o ano, como também em iniciativas que eventualmente precisam da participação de pessoas dispostas a colaborar. Por exemplo, os mutirões de arrecadação de alimentos para atender a uma situação emergencial.

Do mesmo modo, o voluntariado digital é uma prática que pode ser realizada por quem não tem muito tempo disponível, mas não abre mão de ajudar de alguma forma. Afinal, o voluntariado digital encurta distâncias, aproxima pessoas e potencializa o alcance de ações sociais.

  • Apoiar estudantes

A crise imposta pela pandemia fez com que as escolas fechassem as portas, deixando milhares de estudantes sem aulas presenciais. O ensino remoto foi a solução encontrada às pressas pelas redes de ensino para garantir o acesso à aprendizagem, apesar de a tecnologia não estar disponível para todos os estudantes.

Uma forma de praticar a solidariedade é continuar colaborando com estudantes que estão com dificuldade de aprendizagem. Por exemplo, se você domina algum conteúdo como matemática ou língua portuguesa, que tal oferecer aulas de reforço de maneira voluntária? De certo, compartilhar o seu conhecimento será um gesto muito valioso, principalmente para estudantes da rede pública.

  • Consumo e doação

De acordo com levantamento feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), mais de 30 milhões de brasileiros afirmam que estão passando fome. Nesse sentido, praticar o consumo consciente e evitar o desperdício de alimentos é mais do que urgente. No supermercado, compre somente o que for necessário para o seu consumo.

Da mesma forma, se precisar comprar uma peça de roupa, passe adiante o que está parado no seu guarda-roupa. Separe as peças que não usa e doe. Se tiver que comprar um novo celular, doe o antigo para um amigo ou conhecido que esteja precisando.

 

 

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