17 de outubro: Dia Nacional da Vacinação

Data promove conscientização sobre a importância da imunização no controle de epidemias
sexta-feira, 13 de outubro de 2023
por Ana Borges (ana.borges@avozdaserra.com.br)
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)
As vacinas são um marco na história da saúde humana e, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano salvam a vida de três milhões de pessoas. Para reforçar a importância das vacinas, o Brasil comemora, em 17 de outubro, o Dia Nacional da Vacinação. Através de campanhas, promove a imunização no controle de epidemias, com o objetivo de fazer com que a população compreenda a importância dessa medida para a prevenção de doenças. As vacinas têm uma jornada histórica para erradicação ou diminuição da incidência de várias doenças graves, como varíola, caxumba, gripe, poliomielite, rubéola, sarampo e tétano.

As vacinas têm histórica para erradicação ou diminuição da incidência de várias doenças graves, como varíola, caxumba, gripe, poliomielite, rubéola, sarampo e tétano
Descobertas há mais de 200 anos, após cientistas perceberem a capacidade do corpo de gerar anticorpos ao receber amostras de patógenos como vírus, bactérias e alguns fungos, em estado inofensivo, as vacinas tiveram grande avanço no decorrer dos anos.

Uma das provas da eficácia do uso delas é a possibilidade de erradicar doenças, como no caso da varíola. O último registro da enfermidade no mundo é de 1977. A poliomielite (paralisia infantil) também está em processo de erradicação. Segundo informações da cartilha de vacinação do Ministério Público, no continente americano, não há casos da doença desde 1991. Já no Brasil, não há registros dela há 34 anos. Contudo, é necessário que a vacinação na infância continue, já que pessoas de outros países, onde ainda há casos da doença, podem gerar uma nova onda de transmissão.

Fora a vacina contra a poliomielite, existem outros imunizantes que são obrigatórios em diferentes fases da vida. Na infância, por exemplo, também é necessária a imunização contra a tuberculose, difteria, tétano, coqueluche, meningite, sarampo, rubéola, caxumba, hepatite B e febre amarela.

Atualmente, a rede pública de saúde disponibiliza em todo o país 19 vacinas para combater cerca de 20 doenças, em diversas faixas etárias. Ainda existem outras dez vacinas exclusivas para grupos em condições clínicas especiais, como os portadores de HIV.

Há três anos e meio, em março de 2020, a OMS declarou a pandemia do novo coronavírus. Com isso, começou uma corrida contra o tempo para saber como lidar com a doença e tratá-la. No dia 8 de dezembro de 2020 foi aplicada a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no mundo. A vacinação protege não só quem é vacinado, mas também aqueles poucos que não desenvolvem a imunidade. Quanto mais pessoas de uma comunidade estão protegidas, menor é a chance de uma doença se propagar.

Onde se vacinar em Nova Friburgo

A vacinação contra a gripe segue sendo oferecida pela Secretaria Municipal de Saúde em Nova Friburgo durante a próxima semana. Quem ainda não se imunizou com a campanha de 2023, deve procurar um dos postos do município e manter a caderneta vacinal em dia, prevenindo casos graves de doenças respiratórias como a influenza. 

As doses são oferecidas para todos acima dos seis meses de vida, de segunda a sexta-feira, das 8 às  16h30, nas Unidades Básicas de Saúde do Suspiro, Olaria, Conselheiro Paulino, Cordoeira e São Geraldo. É preciso ter em mãos documentos originais com fotos, como CPF, RG, cartão do SUS e a caderneta de vacina.

Aplicação da 1ª vacina contra covid no Brasil

Há dois anos e nove meses, o país acompanhava pelos veículos públicos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a histórica reunião da Anvisa que autorizou o uso de vacinas contra covid-19 no Brasil. Diante de imunizantes desenvolvidos em tempo recorde, a Anvisa concluiu que as vantagens dessas vacinas eram muito maiores do que os riscos. E autorizou o uso emergencial das substâncias. Naquele momento, foi possível renovar a esperança de voltar a ter uma vida parecida com aquela a que o brasileiro estava acostumado.

Logo após a autorização, em 17 de janeiro de 2021, a primeira vacina foi aplicada no país: a escolhida para receber a dose foi a enfermeira Mônica Calazans, que, desde o começo da pandemia, trabalha na linha de frente, no Instituto Emílio Ribas, em São Paulo. Agora, passados dois anos e meio, Mônica lembra o que pensou naquele momento. Segundo ela, “foi um dia que passou a trazer esperança da vacinação chegar a todo país”.

Como surgiram as vacinas

Em 14 de maio de 1796, o médico rural Edward Jenner realizou o experimento que introduziria o termo “vacina” ao dicionário da humanidade: o britânico inoculou em um garoto de 8 anos um líquido retirado da lesão de uma mulher que havia sido infectada pela “varíola bovina”. A empreitada, hoje considerada antiética, tinha justificativa. Jenner havia observado que as ordenhadoras não contraíam a varíola humana se antes já tivessem adquirido a versão que afeta o gado, que era mais branda e não causava bolhas de pus na pele. Estariam elas protegidas?

A resposta viria seis semanas depois, quando o médico inoculou varíola humana no outro braço de James Philipps, seu garoto-cobaia. Surpreendentemente, ele não adoeceu — resultado que se repetiu em outros testes. Nascia ali, um século antes da descoberta dos vírus, a primeira vacina (do latim, “das vacas”).

E Jenner deu sorte — e toda a humanidade também —, porque a varíola bovina é causada por uma família viral diferente da doença que atinge humanos. É muito raro que um vírus distinto do causador da enfermidade consiga contê-la. Apesar de genial, na época, o feito não foi bem recebido de imediato.

Afinal, o imunizante soava repulsivo para muita gente. Ainda não havia geladeiras para conservá-lo e a higiene era precária: ele tinha de ser levado de braço a braço ou de animal a animal. Ainda assim, seus benefícios foram reconhecidos pela Academia de Ciências do Reino Unido em 1798.

(Fontes: OMS // Revista Galileu)

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