Tricolor da Serra busca primeira vitória contra o Flamengo amanhã

quinta-feira, 05 de março de 2015
por Vinicius Gastin
Tricolor da Serra busca primeira vitória contra o Flamengo amanhã
Tricolor da Serra busca primeira vitória contra o Flamengo amanhã

Entre os grandes clubes do Rio de Janeiro, apenas um deles jamais foi derrotado pelo Friburguense. Exatamente o Flamengo, adversário de amanhã, 7, às 16h, no Engenhão. Em 30 confrontos, são 27 vitórias rubro-negras e três empates — o Frizão marcou apenas 21 vezes, e sofreu 85 gols. Mais do que fazer história ao buscar um triunfo inédito, o Tricolor da Serra precisa pontuar para recuperar o rumo no campeonato carioca. Sem marcar gols há três partidas, o time comandado por Gerson Andreotti somou apenas um ponto em nove possíveis e estacionou na décima colocação na tabela.

"Sabemos que vai ser um jogo difícil, contra uma grande equipe do Rio de Janeiro. Mas no futebol tudo pode acontecer. O Flamengo vai ter a imagem do time que empatou em casa sem gols com o Bonsucesso. Podemos tirar proveito disso para tentar surpreender”, avalia o treinador do Friburguense.

Para a partida, o Frizão deve contar com força máxima. Não há jogadores suspensos, e o zagueiro Pierre deve recuperar-se a tempo para o duelo. A escalação, portanto, fica a critério de Andreotti. A tendência é que o jovem Lucas seja mantido entre os titulares, mas a opção por Zé Victor e uma formação com três volantes não está descartada. Bidu deve voltar à cabeça de área, liberando os laterais Sergio Gomes e Felipe para marcar mais à frente.

Confiança nos garotos

Um elenco repleto de jovens jogadores com o toque de experiência de Cadão, Sergio Gomes, Bidu, Ziquinha, Jorge Luiz, Marcos e Flavinho. A fórmula dos últimos anos foi utilizada novamente no campeonato carioca de 2015, e alguns nomes, como o de Luquinhas, começam a ser comentados com mais frequência. No entanto, a aposta na base tem o seu preço e consequências. Uma delas é a oscilação durante as partidas, encarada com tranquilidade pelo técnico Gerson Andreotti. O comandante tricolor, inclusive, ressalta que o fato precisa ser levado em consideração em qualquer análise sobre o desempenho da equipe.

"Em termos de pontuação, a nossa campanha não é das melhores. Mas na prática a realidade é outra. O torcedor friburguense precisa entender as nossas dificuldades. A cobrança faz parte, estamos aqui pra isso. Mas temos um grupo muito jovem, e nós que administramos temos que blindar um pouco. Qualquer precipitação pode terminar com a perda de um jogador de qualidade, que vai nos ajudar lá na frente.”

Andreotti lembra o sucesso de algumas apostas recentes, e mantém a confiança na nova geração. As atuações de Luquinhas e Jeferson contra o Bonsucesso agradaram, e de acordo com o técnico tricolor, a participação dos garotos faz parte da filosofia do clube. "Gostei do Luquinhas, e o Jeferson entrou bem. É a nossa identidade. Foi assim com o Luis Felippe, que hoje está no Grêmio. Não adianta forçar uma situação que não existe. Não temos nenhuma ajuda de fora. Com dinheiro você pega um jogador pronto. Mas também não existe essa cultura no Friburguense. Trabalhamos na formação do atleta, e eu não vejo alguém aí fora que possa fazer a diferença. Apostamos aqui e dá certo.”

Recordar e reviver

Encontro reúne personagens da história do vôlei de Friburgo

As manchetes, bloqueios e a vibração nas arquibancadas fazem parte de um passado que precisa ser resgatado em Nova Friburgo. Tradicional pelos grandes times de vôlei — que por muitas vezes levaram o nome do município para variados cantos do estado e do país —, a cidade conta com pouco apoio para voltar aos bons tempos da modalidade. Segundo relatos, no início da década de 80 Nova Friburgo contava com 20 times de vôlei, três quadras, vôlei de areia e vôlei de rua. Atualmente restrito a alguns trabalhos, desenvolvidos pelo Nova Friburgo Country Clube e por abnegados, à exemplo de Luiz Roberto Scheidt, o voleibol municipal já não tem a mesma força de outrora.

 

 

Para reviver o passado de glórias e, talvez, começar a fortalecer o ressurgimento da modalidade, jogadores, técnicos, professores dos anos 70, 80, 90 e 2000 reúnem-se no próximo domingo, 8, no Caledônia Montanha Clube, a partir das 9h. O encontro, intitulado "Amigos do Voleibol”, reunirá personagens que atuaram e representaram Nova Friburgo em diversos campeonatos pelo estado do Rio de Janeiro. Na programação estão previstos torneio, churrasco, exposição de fotos e imagens, música ao vivo, distribuição de camisas comemorativas e  homenagens a personalidades importantes atuantes no vôlei friburguense.

Os homenageados:

- Walter Thiele: defensor do vôlei feminino, por muitos anos — nas décadas de 80 e 90 — atuou como técnico do Friburguense. Atuou na área esportiva principalmente no bairro de Olaria, onde trabalhou no Colégio Municipal Dermeval Barbosa Moreira. Comentarista esportivo em diversos programas da Rádio Nova Friburgo AM, também teve participação efetiva no futebol amador da cidade.  Em 1982 participou da organização do 1º Campeonato Friburguense pela Liga. Na sequência, passou o comando técnico das equipes para o radialista Marcelo Gripp. Thiele também trabalhou na Secretaria Municipal de Esportes, na gestão de Luiz Fernando Bonan, durante o governo Paulo Azevedo nos anos 90.

- Gabriel Domingos: entusiasta do vôlei feminino, por muitos anos foi o técnico de referencia e da seleção friburguense, nas décadas de 80 e 90. Começou no esporte como goleiro, e atuou em equipes do interior do estado. Foi jogador, técnico de futebol das categorias de base e de esportes amadores. Atuou como supervisor do Nova Friburgo F.C. e desenvolveu um trabalho com o vôlei e o basquete feminino, principalmente no Colégio Modelo, onde formou várias grandes atletas como Xexéu, Aninha, Cléa e tantas outras.  Em 1982, ajudou a organizar o primeiro Campeonato Friburguense pela Liga. Trabalhou na Secretaria de Esportes, comandada pelo então secretário Rui Silva, e chefiou a delegação de Friburgo nos Jogos de Inverno, em Teresópolis.

- Rui Silva (in memoriam): entusiasta do vôlei, Rui teve forte ligação com o vôlei estudantil. Por vários anos foi o professor responsável pelas equipes de vôlei feminino do Colégio Nossa Senhora das Mercês. Nos finais dos anos 60, décadas de 70 e começo dos anos 80, formou várias equipes. Com a tentativa de se organizar de forma oficial, ajudou a fundar o GIV em 1982, onde atuou como um dos primeiros técnicos. No mesmo ano, juntou um pequeno grupo de sócios, convidou dois jovens valores, Bernardo Portela e Marcos Nascimento, e formou a primeira equipe de vôlei campeã da cidade no Country.  Em 84, foi convidado pelo então prefeito Heródoto Bento de Melo a fazer um trabalho de fortalecimento do esporte na recém-criada Secretaria Municipal de Esportes. À época, diversos eventos foram realizados, a exemplo da pré-temporada da equipe campeã do Panamericano de 1987, liderada por Oscar e o técnico Ary Vidal, no Nova Friburgo Country Clube. Ajudou a desenvolver diversos trabalhos sociais em variadas modalidades no município.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade