Desde a última segunda-feira, 2, está em vigor o novo índice de reajuste da tarifa de energia elétrica relativo à Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) da concessionária Energisa, ou seja, um aumento extra nas contas, já que o reajuste anual da tarifa costuma ocorrer sempre em junho. A medida foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na semana passada e deixa a conta de luz dos lares friburguenses 26,9% mais cara. Na indústria e comércio, entretanto, o aumento foi ainda maior, com efeito médio de 30%.
Em nota, a Energisa explicou que a RTE é um mecanismo previsto no contrato de concessão das empresas de distribuição de energia elétrica que tem como objetivo atender a casos excepcionais de desequilíbrio econômico-financeiro das distribuidoras, como o que vem ocorrendo no país, já que a divergência atual entre receitas e despesas não é normal e tem assumido patamares que superam a capacidade econômico-financeira das distribuidoras.
A concessionária de energia justificou o aumento afirmando que "o risco que se corre com a não realização de uma revisão extraordinária de tarifas seria uma inadimplência generalizada no setor, com consequências extremamente graves para todo o sistema e impactos para a manutenção dos investimentos e qualidade do serviço prestado”. No documento, a empresa cita ainda a crise hídrica, que tem obrigado o governo a acionar as usinas térmicas para complementar o fornecimento de energia elétrica, uma fonte mais cara do que as das hidrelétricas.
Engana-se, entretanto, quem pensa que foi só em Nova Friburgo que a conta de luz aumentou. Os consumidores atendidos por diversas concessionárias em todo o Brasil também foram surpreendidos pelo aumento extra. Os clientes da Light, no Rio de Janeiro, por exemplo, tiveram um reajuste de 22,5%, enquanto os atendidos pela Ampla terão que esperar até o próximo dia 15 para saber de quanto será a correção.
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