Frizão deixa vagas na decisão e série D escaparem nos pênaltis contra o Resende

domingo, 23 de novembro de 2014
por Jornal A Voz da Serra
Frizão deixa vagas na decisão e série D escaparem nos pênaltis contra o Resende
Frizão deixa vagas na decisão e série D escaparem nos pênaltis contra o Resende

Vinicius Gastin

Uma eliminação com requintes de crueldade. A derrota por 8x7 nos pênaltis já seria motivo para o Friburguense lamentar. No entanto, a classificação do Madureira na outra semifinal tornam o cenário ainda mais trágico. Caso o Frizão tivesse avançado, já teria a vaga na série D do Brasileiro garantida em 2015.

Dentro de campo, as previsões foram confirmadas. Jogo equilibrado, dificuldades e tensão para ambos os lados. Todo o cenário idealizado pelo técnico Gerson Andreotti foi transcrito no Estádio do Trabalhador. No entanto, as emoções mais fortes estavam por vir. O gol de Lucas, aos 44 minutos do primeiro tempo, e a vitória por 1x0 do Resende levaram a decisão da vaga para a final da Copa Rio para os pênaltis. O time da casa venceu por 8x7 e avançou para disputar o título contra o Madureira.


Resende pressiona e marca

Se deu certo em Nova Friburgo, o técnico Gerson Andreotti repetiu a dose em Resende e manteve Rômulo no time titular. O objetivo de reforçar a marcação no meio-campo fez ainda mais sentido pela vantagem construída no estádio Eduardo Guinle. Sem alternativa, o time da casa partiu pra cima e utilizou de todos os artifícios, inclusive as cobranças de laterais feitas por Cássio diretamente à grande área. Foram quatro apenas nos três primeiros minutos de partida, todas rebatidos pela defesa tricolor, bem como os diversos levantamentos à área de Luiz Felipe. Em alguns rebotes, o Resende conseguiu finalizar ao gol, mas sem perigo. À espera de um contra-ataque, o Tricolor da Serra chegou pela primeira vez em cobrança de escanteio, afastada pela zaga aos sete minutos. Pouco depois, Felipe teve dificuldades para segurar o cruzamento de Jorge Luiz e defendeu em dois tempos.

Mas foi com a bola no chão que o camisa 10 ofereceu real perigo. Jorge Luiz recebeu em profundidade, dividiu com o defensor na grande área e pediu pênalti. O árbitro Leonardo Garcia Cavaleiro mandou seguir. Na sequência do lance, Felipe Linhares puxou o contragolpe e foi derrubado na intermediária. Marcel carimbou o travessão em bela cobrança. Aos 27 minutos, Felipe Linhares escorregou na hora da finalização, errou o alvo e perdeu a melhor chance do jogo até então. Luiz Felipe trabalhou duas vezes na sequência: na primeira para evitar que o cruzamento encontrasse Willian, e na segunda, para encaixar chute de longa distância. Andreotti mexeu pela primeira vez aos 35, mas por necessidade. A contusão de Pierre abriu espaço para a entrada de Clayton, valor da base tricolor. A pressão do Resende persistiu, mas o Friburguense conseguiu responder aos 40. Caique recebeu na intermediária, bateu forte e obrigou Felipe a fazer boa defesa. Já nos minutos finais, aos 44, o time da casa marcou através de Lucas.

 

Derrota nos pênaltis no estádio do Trabalhador eliminou o Frizão da Copa Rio


Frizão melhora, mas não marca

Animado pelo gol, o Resende permaneceu no campo e ataque durante boa parte do segundo tempo. O Friburguense melhorou na partida e passou a ameaçar o adversário com mais frequência, no entanto, sem sucesso. Ofensivo, o time da casa buscava o segundo gol a todo o custo, enquanto o Tricolor da Serra dependia de apenas uma bola. Com Tufy e Hudson em campo, o Frizão conseguiu ter mais posse de bola e trabalhar melhor as jogadas de ataque. Aos 29 minutos, no entanto, o goleiro Luiz Felipe trabalhou para evitar o que seria o segundo gol alvinegro. 

A partir dos 34 minutos o jogo ficou mais aberto. O Tricolor da Serra, em alguns momentos, esteve por completo no campo de defesa adversário. O Resende respondia da mesma forma e o tempo parecia passar rápido. As duas defesas venciam a maioria das disputas, e ambos os times encontravam dificuldades para chutar em gol. Era o sinal do desgaste físico, como resultado de um jogo equilibrado e desgastante. O mesmo placar de Nova Friburgo se repetiu em Resende, e a sorte seria decidida nos pênaltis.

 

Time de Andreotti ainda pode conquistar na série D através do Carioca de 2015


Disputa intensa nos pênaltis

A primeira cobrança de Marcel, pelo Resende, carimbou a trave de Luiz Felipe. E o próprio goleiro do Friburguense teve a responsabilidade de cobrar a primeira penalidade para o Tricolor da Serra. A bola ainda tocou o travessão antes de entrar. O Resende converteu o segundo pênalti, e Hudson acertou a trave. Willian Carioca fez para o time da casa e Tufy igualou o marcador, 2x2. Lucas marcou o terceiro do Resende, e Felipe também balançou as redes. Geovane Maranhão converteu, e Bidu também. Nas cobranças alternadas, Admilton marcou para o Resende e Ziquinha para o Frizão: 5x5. Luiz Felipe por pouco não pegou a cobrança de Léo Silva, e Sergio Gomes também converteu. Kim marcou novamente e Jorge Luiz empatou a série. Uallace deslocou o Luiz Felipe e recolocou o Resende a frente. Felipe defendeu a cobrança de Damião e classificou o Resende.

 

 

Maioria do elenco tricolor permanece para a disputa do estadual: planejamento será divulgado nos próximos dias


Ficha Técnica: 

Resende 1 (8) x Friburguense 0 (7)

Copa Rio 2014

Semifinais (jogo de volta)

19/11/2014 - 16h

Estádio SESI Trabalhador, Resende - RJ

Renda: R$ 760,00

Público: 48 pagantes / 76 presentes

Árbitro: Leonardo Garcia Cavaleiro

Assistentes: Daniel do Espírito Santo e Marcello da Costa

Resende: Felipe; Iuri Pimentel, Admilton, Lucas e Uallace; Léo Silva, Felipe Linhares; Cássio (Kim) e Marcel; Geovane Maranhão e Willian Victorino (Thales).

Técnico: Edson Souza

Friburguense: Luiz Felipe; Sérgio Gomes, Cadão, Pierre (Clayton) e Felipe; Bidu, Damião, Rômulo (Tufy) e Jorge Luiz; Ziquinha e Caíque (Hudson).

Técnico: Gerson Andreotti

 

Dupla emoção

Perto de ser papai pela primeira vez,  Edson Barboza volta ao octógono

Os próximos dias prometem fortes emoções para o lutador Edson Barboza. Neste sábado, 22, ele volta ao octógono do UFC para encarar Bobby Green, 7º do ranking, e entrar no top 10 dos pesos leves em caso de vitória. Paralelo à possibilidade da consolidação entre os melhores da categoria, o friburguense aguarda com ansiedade pela chegada de Noah, o primeiro filho. O parto da esposa Bruna pode acontecer a qualquer momento.

"Ela teve que ficar na Flórida, porque já não podia mais viajar, então eu fiz parte do meu camp na ATT, na Flórida, e o resto com o meu time, Ricardo Almeida, em New Jersey. Foi difícil ficar longe dela por mais de um mês, ainda mais no final da gestação, mas ela me deu força para vir. É mais uma motivação, mais responsabilidade, mais uma boca para alimentar. E é um sonho ver a família crescendo.”

Aos 28 anos de idade, Barboza vive o melhor momento na carreira. O atleta treinou durante três meses para o combate e está embalado pela vitória por nocaute contra Evan Dunham, usando mais um chute do repertório. O adversário da vez promete impor dificuldades, uma vez que conquistou oito vitórias consecutivas pelo Strikeforce e UFC. 

"O UFC nunca me da uma missão fácil, mas é isso que eu gosto. Eu gosto de luta dura, de desafio. Isso é ótimo”, comemora o lutador. "Estudamos o jogo do adversário, montamos a estratégia e fizemos todo o camp de treinamento em cima disso. Sinto que eu tenho muito o que melhorar ainda, para ser um verdadeiro artista marcial. Estamos trabalhando muito duro em todos os pontos, fixando erros e desenvolvendo os pontos fortes”, garante.

Barboza ocupa a 13ª colocação do ranking dos pesos-leves, e uma vitória contra Green pode aproximá-lo da disputa do cinturão da categoria.

 

Luta contra Green e expectativa de ser papai: momento especial na vida de Edson Barboza






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TAGS: Friburguense | futebol
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