REPORTAGEM realizada por Dayane Emrich, sob supervisão da chefia de redação, publicada em A VOZ DA SERRA no último sábado, mostra um lado da questão do desenvolvimento brasileiro, que aponta para uma crise econômica, embora o governo, em época eleitoral, venha minimizando o que pode. Em termos de crescimento, 2014 já terminou.
A APURAÇÃO das dificuldades apontadas por patrões e empregados na questão do emprego, como foi visto em Nova Friburgo, reflete a falta de planejamento e de benefícios que levem ao aumento da produtividade brasileira. Por falta de mão de obra especializada e de investimentos do setor privado que auxiliem tal formação, verificamos um impasse que pode ser visto popularmente como a história do biscoito que vende mais porque é fresquinho e é fresquinho porque vende mais.
O EMPREGADOR reclama da qualificação e o empregado lamenta a falta de oportunidade, principalmente quanto ao primeiro emprego. Conclusão: poucos admitem e poucos se empregam. É preciso, portanto, estabelecer condições que favoreçam a empregabilidade e, com ela, atendam às carências dos empresários.
O RESULTADO apresentado em Nova Friburgo deve se visto com cautela para que não dê ao número um valor maior que o que realmente reflete. A taxa de rotatividade existe, a crise é nacional, está se refletindo em todos os setores da economia e precisamos conviver com este fantasma, até que o governo mude os rumos da política econômica. Cada vez mais é necessária a reforma tributária e os demais ajustes para que o país consiga superar este momento de impasse e volte a crescer.
SEM NÚMEROS consolidados para confirmar a tendência de crescimento negativo, sindicatos das categorias unem-se aos empresários numa só ladainha contra o arrocho econômico, as taxas de juros e a baixa cotação do dólar que inibe as exportações.
Empresas e empregados encontram-se hoje no mesmo lado. As primeiras lutam para manter os negócios em atividade, enfrentando dissabores de toda ordem, principalmente a alta carga tributária e fiscal.
O CRESCIMENTO da industrialização do país depende fundamentalmente da nossa capacidade de investimento. Com um parque industrial moderno e investimento na qualificação profissional, resta ainda desonerar a economia, reduzindo impostos, simplificando a burocracia e estimulando o seu desenvolvimento. Sem estas mudanças dificilmente conseguiremos ficar em vantagem nesta luta desleal.
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