Poluição visual ainda não incomoda, mas panfletos e carros de som já são alvo de queixas

Apesar dos avanços na legislação eleitoral implantados a cada pleito, a propaganda política de alguns candidatos que disputam às eleições deste ano já vem sendo alvo de queixas da comunidade. A redação de A VOZ DA SERRA tem recebido reclamações sobre a insistente distribuição de panfletos nas ruas e a colocação dos mesmos em para-brisas de veículos e caixas de correspondência. "Além de incomodar as pessoas, essa panfletagem desregrada acaba ajudando a sujar as ruas da nossa cidade. Muita gente não tem educação e acaba jogando os folhetos no chão”, disse uma professora que ligou para se queixar do problema e pediu para não ser identificada.

Em vigor desde o último dia 6 de julho, a propaganda eleitoral nas vias públicas ainda não traz poluição visual à paisagem urbana e nem tem prejudicado o ir e vir das pessoas. Porém, vem motivando reclamações quanto ao barulho dos carros e equipamentos de som. O alto volume dos jingles de alguns candidatos está perturbando o sossego de moradores do centro e bairros populosos como Olaria e Conselheiro Paulino, conforme queixas que chegam à redação. Alguns leitores que entraram em contato com o jornal criticam a prática e a consideram uma falta de respeito com o eleitorado. "Não é gritando que se conquista voto mas com seriedade e projetos voltados para o bem estar da população”, afirma o aposentado João Carlos de Souza. 

Os excessos estão na contramão dos avanços implantados pelo TRE ao longo das últimas eleições para garantir o equilíbrio e a lisura do processo. A proibição de outdoors, faixas de agradecimento, galhardetes e brindes alusivos ao candidato são algumas das medidas que já vigoram há muitos anos e contribuem para reduzir a poluição visual e o lixo gerado no período de campanha. Sem contar que trazem mais segurança à população e benefícios ao meio ambiente.