EDITORIAL - Eleitor indiferente

terça-feira, 29 de julho de 2014
por Jornal A Voz da Serra

NAS ELEIÇÕES do próximo dia 5 de outubro, 142.822.046 eleitores brasileiros estão aptos a votar. O número representa um aumento de 5,17% em relação às eleições de 2010, segundo dados anunciados nesta terça-feira pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli. 

OS DADOS também mostram que a maior parte do eleitorado brasileiro é formada por mulheres. São 74.459.424 eleitoras representando 52,13% do total. Os homens representam 47,79%, sendo 68.247.598 eleitores. Em comparação com eleições anteriores, houve uma queda no número de eleitores jovens com voto facultativo, ou seja, aqueles que têm 16 e 17 anos. Em 2010, eram 2.391.352 e, em 2014, são 1.638.751 aptos a votar nessa faixa etária, apresentando o menor percentual de jovens inscritos nas últimas três eleições.

O TRIBUNAL não sabe ainda determinar o que levou à queda, porém, fica claro, a princípio, que o desinteresse tem fundamento no momento político e nas lideranças que postulam cargos eletivos no país em outubro próximo. A "ficha suja” de muitos candidatos também ajudou a aumentar o desinteresse.

ASSIM como a violência na juventude é um problema para o Brasil, a apatia dos jovens pela política também vem se revelando num novo problema do país. As campanhas motivacionais não são suficientes para ligar o jovem ao voto. Apatia, desinteresse ou desilusão com os passos políticos, dentre os quais o mais negativo é a corrupção, afastam os jovens das urnas eleitorais.

PARA AS AUTORIDADES, a apatia deve ser combatida com a força do voto, voltado principalmente para as causas sociais. Neste aspecto, os jovens não tem por que ficar desmotivados. Num país cheio de contrastes sociais, as mudanças só poderão ocorrer com a participação do eleitorado, votando naqueles mais comprometidos com as propostas que modifiquem tais contrastes.

FRIBURGO não se exclui do problema. Para romper este desafio, os candidatos precisam estar ligados a temas que falem diretamente à juventude e ofereçam perspectivas de crescimento profissional e pessoal. De nada adiantarão as promessas genéricas, sabidamente desinteressantes, e que não conseguem atrair os jovens. 

O BRASIL vive um momento raro de inclusão da juventude e o município não pode perder esta oportunidade de mudar também o seu perfil eleitoral. Porém, mais importante que o convencimento é a mobilização partidária, que pode oferecer novas opções aos jovens, quer pelo engajamento político-partidário, quer pela demonstração de questões de políticas públicas que sensibilizem a juventude, dentre elas, o esporte, a educação, o trabalho, a cultura e o meio ambiente.


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