Mais de meio milhão de óbitos no mundo ainda são provocados pela hepatite B

domingo, 27 de julho de 2014
por Jornal A Voz da Serra

O dia 28 de julho marcou a luta mundial contra a hepatite, doença infecciosa que causa comprometimento da função do fígado. Tão severa quanto a do tipo C, a hepatite B ainda provoca cerca de 700 mil mortes ao ano em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Apesar de grave, a doença pode ser prevenida através de uma medida simples: a vacinação. 

No Brasil, a vacina contra a hepatite B está disponível gratuitamente na rede pública de saúde para todas as pessoas até 49 anos de idade. Acima dessa faixa, a vacina pode ser encontrada nas clínicas privadas. Para estar protegido contra a doença, são necessárias três doses. Assim como o vírus da Aids, o da hepatite B é sexualmente transmissível, porém seu contágio atinge altos índices, chegando a ser 100 vezes maior do que por HIV. 

Vale lembrar que a vacinação contra a hepatite B foi introduzida no Brasil há 15 anos, o que faz com que a maioria dos novos casos sejam notificados em pessoas nascidas antes de 1999. 

Levantamento da OMS aponta que a população adulta apresenta uma taxa de até 10% de infecção crônica, possibilitando a evolução da doença para a cirrose e para o câncer de fígado. Isso ocorre devido à ausência de sintomas, que pode fazer com que o quadro evolua progressivamente sem apresentar indícios.

Por ser uma doença silenciosa, a hepatite B é uma grande preocupação para as autoridades brasileiras. Estudos realizados entre 1999 e 2010 mostram que a doença cresceu em todas as regiões do país, conforme dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde. E no exterior os números também assustam: mais de 2 bilhões de pessoas no mundo já foram contaminadas pelo vírus.


Combatendo a hepatite B

Como a infecção por hepatite B pode ser transmitida pelo contato com sangue, sêmen, fluidos vaginais e outros fluidos corporais de alguém que já tem infecção, a única forma efetiva de prevenção é a vacinação. As campanhas do Ministério da Saúde costumam reforçar a importância da prevenção entre alguns grupos específicos como: gestantes, manicures e pedicures, profissionais do sexo, militares, profissionais de saúde, caminhoneiros, usuários de drogas, pessoas que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo, coletores de lixo e tatuadores.


Sintomas da hepatite B

Após a infecção, os sintomas podem demorar até seis meses para aparecer, sendo que os primeiros são: fadiga, falta de apetite, dores nos músculos e nas articulações, febre baixa, pele amarelada e urina escurecida. É bom ressaltar que mesmo num quadro crônico, com o fígado danificado, os pacientes podem não apresentar sintomas. Ao longo do tempo, essas pessoas podem apresentar lesão hepática crônica e cirrose.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS:
Publicidade