Com apenas dois anos de experiência, atleta friburguense já é campeã mundial de jiu-jitsu

Campeã brasileira e mundial aos 16 anos de idade, com apenas dois deles dedicados à prática do jiu-jitsu. O resumo da curta e vitoriosa carreira da friburguense Thamires Ouverney Darci não deixa margem para dúvidas: a menina tem imenso potencial. Da mesma forma, uma análise mais aprofundada de sua história revela também a seriedade e a competência com que vem sendo tocado o projeto social Lagoinha Jiu-Jitsu, responsável pela formação de Thamires e outros atletas de destaque nacional e internacional.

"Eu sempre gostei de esportes e me dedicava bastante ao futebol. Há dois anos, no entanto, o projeto social organizou a Copa Lagoinha de Jiu-Jitsu e eu fui assistir. Acabei gostando muito, não apenas do esporte, mas também do ambiente entre os praticantes. Fiz vários amigos e decidi conhecer um pouco mais. Foi assim que tudo começou”, recorda Thamires.

Após um ano de instrução, o mestre Léo Pitu (Leonardo Pontes) entendeu que Thamires já tinha condições de competir e passou a indicá-la para os torneios atendidos pelo projeto. A partir de então, os resultados não pararam de se multiplicar. O mais recente deles foi a conquista do campeonato mundial na categoria feminina faixa-branca médio juvenil 16 e 17 anos, disputado no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), no Rio de Janeiro, dia 5 de julho. No mês anterior, Thamires já havia conquistado em Niterói o título de campeã brasileira na categoria leve, juvenil.

O sucesso de Thamires nos tatames apenas confirma a qualidade do ensino que vem sendo praticado na sede da Associação de Moradores da Lagoinha. Afinal, no mesmo campeonato mundial, outros cinco atletas friburguenses conquistaram medalhas. Foram eles: Guilherme Pereira Coutinho Barbosa, 3º lugar da categoria masculina amarela meio-pesado 10 e 11 anos; Ruan Vitor Teodosio de Oliveira, campeão da categoria masculina faixa branca/cinza médio 12 e 13 anos; Matheus Pereira Fretais, 3º lugar da categoria masculina faixa amarela pesadíssimo 12 e 13 anos; Amanda Gonçalves Faria, campeã da categoria feminina faixa branca pesado juvenil 16 e 17 anos; e Rodrigo Oliveira, 2º lugar da categoria masculino faixa roxa pluma adulto.

Atualmente, o projeto é patrocinado por Stam, Farmácia Estação Saúde e Grupo Mais, e apoiado por Leleco Silva, Olney Botelho e Luiz Martins. Individualmente, no entanto, os atletas ainda carecem de apoio para que possam se dedicar ao esporte de maneira profissional. Algo difícil de entender, considerando o potencial de crescimento e de divulgação atrelado a esses jovens de enorme talento e comprometimento. "O projeto recebe apoio para continuar funcionando e isso é muito bom para todos nós. A maior parte dos atletas, no entanto, ainda depende do apoio de pais e familiares para que possam competir”, explica Thamires. "Nunca tive nenhum patrocinador pessoal”. Fica, portanto, a dica aos empresários da cidade, para um investimento bastante interessante, humana e financeiramente.

As próximas competições na agenda dos alunos são o campeonato Sul-Americano, a World Cup e o Pan-Americano.