Campanha nacional de vacinação contra poliomielite começa amanhã

sexta-feira, 15 de junho de 2012
por Jornal A Voz da Serra
Campanha nacional de vacinação contra poliomielite começa amanhã
Campanha nacional de vacinação contra poliomielite começa amanhã

Neste sábado, 16, das 8h às 17h, será realizada a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, visando manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da Poliomielite, estabelecendo proteção coletiva por meio da disseminação do vírus vacinal no meio ambiente. A meta é vacinar 95% da população-alvo—aproximadamente 10.874 crianças menores de cinco anos de idade.

Em Nova Friburgo, haverá vacinação em diversos pontos da cidade, inclusive em escolas, sendo disponibilizados 50 locais de vacinação, onde estarão envolvidos cerca de 300 profissionais. A campanha tem o slogan “Leve seu super-herói menor de 5 anos ao posto de vacinação e não esqueça a caderneta” e a coordenadora de imunização do Centro de Saúde Drº Sylvio Henrique Braune, Luzia Forny, diz que o objetivo é bater o número de vacinações de 2011, que chegou a imunizar 10.874 crianças.

Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas), podendo provocar, ou não, paralisia. A multiplicação desse vírus começa na garganta ou nos intestinos, locais por onde penetra no organismo. Dali alcança a corrente sanguínea e pode atingir o cérebro. Quando a infecção ataca o sistema nervoso, destrói os neurônios motores e provoca paralisia flácida em um dos membros inferiores. A doença pode ser mortal, se forem infectadas as células dos centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e da deglutição.

Na maioria dos casos, a infecção pelo vírus da poliomielite pode ser assintomática, porém, isso não impede sua transmissão, pois é eliminado pelas fezes e pode contaminar a água e os alimentos. Nas formas não paralíticas, os sinais mais característicos são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez na nuca e meningite. Na forma paralítica, quando a infecção atinge as células dos neurônios motores e, além dos sintomas já citados, instala-se a flacidez muscular que afeta, geralmente, um dos membros inferiores.

Luzia Forny também ressaltou que doenças infecciosas não surgem mais com tanta frequência porque as crianças estão sendo vacinadas. Ela lembrou que os casos de coqueluche estão aumentando e que é preciso que as mães se conscientizem da importância de manter a caderneta de vacinação em dia.

A coordenadora de imunização alerta que as mães devem ficar atentas e não levar para vacinação em caso de febre ou diarreia e vômito grave. O posto de saúde aplica diariamente vacinas contra tuberculose, hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, sarampo, caxumba, haemophilus (bactéria causadora da meningite e outras doenças), rubéola, meningo C, pneumococo, rotavírus e febre amarela, todas vacinas de rotina.

Campanha de vacinação contra gripe cumpriu a meta de imunizar 80% do público-alvo

Gestantes podem se vacinar até o fim de agosto

O Ministério da Saúde divulgou na tarde da última terça-feira, 12, o balanço final da campanha de vacinação contra a gripe deste ano. Os dados revelam que mais de 24,12 milhões de pessoas foram vacinadas contra a gripe, o que representa 80,04% do grupo prioritário, formado por idosos, crianças, gestantes, profissionais de saúde e populações indígenas. O balanço mostra que 18 estados e o Distrito Federal atingiram a meta de proteger 80% da população-alvo.

A maior adesão foi entre os trabalhadores de saúde. A cobertura vacinal atingiu a taxa de 99,69%, o que representa mais de 2,4 milhões de profissionais vacinados. As crianças respondem pela segunda maior adesão à campanha de vacinação, com o cumprimento de 86,83% da população-alvo, o que representa mais de 3,7 milhões de pessoas. Na sequência, 16 milhões de idosos tomaram a vacina, ou seja, 77,79% da população-alvo. A população indígena, que é vacinada nas próprias aldeias, atingiu 77,1% com 452,4 mil doses aplicadas.

Entre as gestantes o índice de adesão está em 71,4%, com 1,5 milhões de doses aplicadas. As futuras mães poderão procurar um posto de saúde para tomar a vacina até o fim de agosto. Este público foi o mais suscetível ao vírus da gripe durante a pandemia de 2009. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, é importante que todas as pessoas dos grupos prioritários, especialmente as grávidas, tomem a vacina para se proteger no período de maior transmissão do vírus, que começa com a chegada do inverno.

Vale destacar que o Brasil desenvolve a maior campanha pública e gratuita da América, protegendo contra os três principais vírus que circulam no hemisfério Sul, entre eles o da influenza A (H1N1), como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os adultos saudáveis, a vacina pode prevenir entre 70% e 90% de casos de gripe. Entre idosos, reduz as doenças graves e complicações em até 60%, e as mortes em 80%. A vacinação pode reduzir ainda entre 32% e 45% as hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade.

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