Fundos imobiliários

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Me abordaram outro dia sobre fundos imobiliários. Essa pergunta é recorrente. Afinal, sou um profissional do mercado financeiro e, como assessor de investimentos, busco encontrar a maneira mais didática de transmitir conhecimento aos clientes e leitores. Contudo, procurar mais informações sobre o que é um Fundo de Investimentos Imobiliários (FII) é resultado da forte cultura de investimentos da população brasileira. Quem nunca teve o objetivo de comprar ou construir uma casinha para receber aluguel?

Contudo, é claro, comprar, construir e alugar diretamente um imóvel não é a única alternativa para direcionar seu patrimônio. É através das ferramentas de mercado financeiro que novas possibilidades passaram a fazer parte do dia a dia do investidor e foram responsáveis pela democratização do acesso ao mercado imobiliário.

Portanto, para entender do que se trata, vamos analisar alguns pontos técnicos responsáveis por definir um FII.

Participantes (apenas alguns)

 - Cotista: você se torna cotista de um FII quando compra suas cotas que, por sua vez, são uma fração do valor patrimonial do fundo.

- Gestor: de acordo com a política de investimentos definida previamente pelo regulamento do fundo, o gestor é o profissional responsável por decidir quais investimentos vão receber as alocações financeiras do fundo.

- Empreendimentos: seja qual for o segmento do fundo (veremos suas distinções adiante), todo investimento realizado por um FII acabará em empreendimentos imobiliários reais. Ou seja, você – de fato – investe em imóveis muitas vezes de primeira linha ao se tornar um cotista destes fundos.

Segmentos

- Fundos de Tijolo: grandes galpões, shopping centers, agências bancárias, hotéis, edifícios comerciais e residenciais; FIIs deste segmento buscam investimentos em ativos reais, concretos, e seu objetivo principal aqui é gerar renda a partir do aluguel destes imóveis.

- Fundos de Papel: Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI), entre outros, são exemplos de investimentos deste segmento. Cada um destes ativos mencionados são títulos de dívida negociados por bancos e financeiras, contudo, com lastro no mercado imobiliário. Um CRI, por exemplo, pode representar um título de dívida emitido por alguma construtora ou incorporadora para a construção de um parque industrial. De toda forma, este não é um segmento com investimento direto em ativos reais.

- Fundos Híbridos: aqui, a explicação vai ser breve. Junte as duas possibilidades acima num único FII e você tem um fundo híbrido de investimentos imobiliários.

Compreender seus investimentos é ponto indispensável para garantir segurança, assertividade e, principalmente, sinergia com sua filosofia de investimentos. Avaliar e identificar boas oportunidades, por outro lado, são habilidades mais complexas e demandam estudo aprofundado. Estou falando de Vacância, Liquidez, Valor Patrimonial, Cap Rate, Dividend Yeld, Portfólio e muitos outros indicadores que vão levar seus investimentos a patamares ainda mais profissionais.

 Mas hoje fico por aqui e na próxima semana voltamos a nos encontrar para mais conteúdos de Educação Financeira. Até lá!

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