Operação Mercúrio: nove policiais presos cobrando propina na RJ-116

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PARA PENSAR:
“Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia”
William Shakespeare

PARA REFLETIR:
“O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica”
Norman Vincent

OPERAÇÃO MERCÚRIO (1)
Nova Friburgo está de volta ao noticiário nacional.
Nove policiais militares foram presos, nesta quarta-feira, 14, durante a Operação Mercúrio, desencadeada depois de dois meses de investigações da Corregedoria Interna da Polícia Militar e das promotorias de Justiça junto à Auditoria Militar do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). 
Lotados no Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), os PMs foram denunciados pelas práticas de concussão (extorsão praticada por agente público) e de corrupção, ocorridas no Posto de Controle de Trânsito Rodoviário 16, em Nova Friburgo, localizado no km 65 da Rodovia RJ-116.

OPERAÇÃO MERCÚRIO (2) 
De acordo com a denúncia, as irregularidades foram praticadas entre os dias 30 de julho e 28 de agosto. 
Os policiais cobravam propinas em troca da liberação de veículos, preferencialmente de carga, mediante a garantia da não aplicação de multas ou não apreensão desses veículos. 
Os valores cobrados variavam entre R$ 20 e R$ 200. 
Em algumas ocasiões, também foi verificada a cobrança da propina por meio de mercadorias, entre elas, frango, pares de sapato, queijo e goiabada.

OPERAÇÃO MERCÚRIO (3)
O promotor de justiça Décio Alonso Gomes, do Gaeco, em entrevista coletiva no quartel-general da Polícia Militar, disse que os nove policiais não são os verdadeiros agentes da Lei. 
“São bandidos, desviantes. Mas essa operação mostrou que a PM é capaz de se pautar pela ética e cortar na própria carne”, afirmou.

OPERAÇÃO MERCÚRIO (4)
Há imagens que mostram um dos policiais recebendo notas de R$ 10 de um motorista de Kombi e, em outra, um policial pegando caixas de sapatos de uma van de entregas, depois de o motorista alegar não ter dinheiro.
A denúncia descreve ainda o caso de um motorista que, ao ser abordado pelos PMs do BPRv, explicou que não tinha dinheiro porque já havia pago propina a policiais de um posto na Avenida Brasil, no Rio. 
A vítima alegou que só tinha R$ 20 e foi orientado pelos PMs, segundo a denúncia, a deixar a quantia em dinheiro, assim como um queijo e uma goiabada, atrás de um muro. 
“As ações dos policiais mostram que muitas vezes eles exigiam propina só pelo prazer de pegar dinheiro das pessoas”, diz a Promotoria de Justiça.

NO MAIS...
Esta semana duas notícias para arrebentar ainda mais com a imagem da minha, da sua, da nossa cidade.
A avalanche no Três Irmãos e, agora, a propina na porta de entrada de Nova Friburgo.
Não há quem resista a tanta chuva. E a um Romeu e Julieta.
Um, é trágico. Já o outro, é trágico-patético.

APOIO POLÍTICO
O prefeito eleito Rogério Cabral teve um dedo de prosa esta semana com o ex-diretor de Exploração da Petrobras, Guilherme Estrella.
Estrella, que adotou o município para morar, foi convidado para participar do futuro governo.
Agradeceu, mas não aceitou.
Ele, porém, comprometeu-se a ajudar o município abrindo portas em Brasília e na Petrobras.

NAS NUVENS
Neymar, o craque brasileiro, chutou o pênalti nas nuvens e o Brasil não saiu de um empate contra a Colômbia.
Imagina se uma cena dessa vier a ocorrer novamente em um jogo decisivo na Copa de 2014?

AGENDA CULTURAL
Parceiro de Alceu Valença, Herberth Azzul, se apresenta neste sábado, às 22h, no Caledônia 746 American Bar.
Só para maiores de 18 anos!

EXPO DA F1
No próximo dia 25 tem GP do Brasil.
São 40 anos de história que, este ano, irá culminar com a decisão do título entre Vettel e Alonso.
Mas, Nova Friburgo também tem sua história na F1: o carteiro boa-praça, Rogério Albertini, promove exposição de suas miniaturas de F1 no Restaurante Chantily.
São 40 peças à mostra, diariamente, das 11h às 15h.
É um barato!

PONTO FINAL
Fale baixinho...
Alto deve ser o valor de suas ideias, e não o volume de sua voz.

Foto da galeria
Cátia Veloso por Lúcio Cesar Pereira
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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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