TRABALHO EM EQUIPE

 

A assessoria do Palácio Guanabara comunicou nova data para que finalmente Pezão dê o pontapé inicial — com o perdão do trocadilho — nas obras do Hospital de Oncologia.

A visita, salvo novas alterações, deve acontecer no próximo dia 6 de abril, uma segunda-feira.

Tudo, claro, se houver teto para o helicóptero pousar por aqui...

Desde já, no entanto, todo o episódio serve como exemplo de como pode ser colaborativa a relação entre imprensa e poder público, quando a divulgação de denúncias é encarada como parceria, e não como críticas pessoais.

Que seja sempre assim.

O relatório da ONU divulgado na semana passada mais uma vez enfatizou a necessidade de melhoria da gestão dos recursos hídricos no planeta, e citou, vejam só, o programa Rio Rural, da Secretaria Estadual de Agricultura, como referência mundial no assunto.

O documento produzido pela Unesco é alarmante. Ele indica risco de redução de até 40% das reservas de água no mundo se não forem priorizadas medidas de redução do desperdício e da poluição.

Executado em parceria com o Banco Mundial, o Rio Rural busca incentivar agricultores familiares do estado a adotarem práticas agrícolas de preservação ambiental.

Mais de R$ 150 milhões já foram investidos nessas ações, beneficiando comunidades rurais de 251 microbacias hidrográficas fluminenses.

Através do investimento em projetos como a proteção de nascentes, de áreas de recarga hídrica e de recuperação de matas ciliares em pequenas propriedades rurais, os agricultores passam a adotar práticas, manejos e tecnologias mais racionais que permitem a obtenção de resultados melhores em áreas menores, liberando outras, que estavam em uso, para a preservação.

Em Nova Friburgo, felizmente, a atuação do Rio Rural tem sido bastante intensa.

Lideranças comunitárias estão organizando, já para os próximos dias, novo protesto contra o atraso na conclusão das obras do posto de saúde no distrito de Amparo.

A última manifestação local desta natureza aconteceu no dia 14 de agosto do ano passado.

Conforme A VOZ DA SERRA noticiou em sua edição de fim de semana, tem sido intensa a movimentação de bastidores em torno da aprovação ou não da CPI da Saúde.

Falando em português claro, a iniciativa precisa de apoio de 1/3 do plenário, ou sete assinaturas, para que seja válida.

Considerando os nomes que assinaram a proposta em dezembro de 2014 — Wellington Moreira; Ricardo Figueira; Renato Abi-Ramia; Cláudio Damião; Professor Pierre; Gabriel Mafort; Zezinho do Caminhão e Cigano, além do agora deputado estadual Wanderson Nogueira — seria necessário, portanto, que dois parlamentares mudem de opinião para que o número mínimo não seja alcançado.

Nos bastidores da Casa Legislativa, as apostas mais elevadas são de que Wellington Moreira e Gabriel Mafort devem ser os nomes decisivos para os rumos da questão, dado o entendimento de que os demais parlamentares de oposição já manifestaram de diferentes formas a continuidade do comprometimento com a causa.

A esse respeito, inclusive, Gabriel Mafort enviou declaração exclusiva para A VOZ DA SERRA, esclarecendo seu posicionamento atual.

O comunicado, na íntegra, pode ser na edição de hoje.