Fim de festa

Como diz a letra do Los Hermanos, todo carnaval tem seu fim.

O olhar atento da querida fotógrafa Amanda Tinoco, no entanto, ainda é capaz de capturar resquícios da festa perdidos por aí.

Pois é, desta vez o nosso estimado Frizão não conseguiu manter a antiga escrita de somar três pontos sempre que recebia a visita do Glorioso de General Severiano.

No fim, acabamos perdendo por três gols  — um deles em posição no mínimo questionável.

Faz parte.

É sempre bom ver times grandes jogando aqui no Eduardo Guinle.

Uma pena, apenas, que a torcida maior seja sempre a do visitante.

A título de comparação, no interior de São Paulo é normal que as pessoas torçam antes para o time local, e depois para um dos grandes.

Em Sorocaba, por exemplo, o São Bento joga sempre com torcida a favor.

Parece ser um bom exemplo.

Que beleza o novo uniforme estreado pelo Friburguense.

Daqueles que dá vontade de ter em casa, com certeza.

Nem tudo foi festa.

Quem passou quarta-feira pelo Paissandu por volta das 19h30 testemunhou momentos de tensão.

Em especial para os muitos passageiros de um ônibus da linha Alto de Olaria.

É que, aparentemente em função de alguma discussão clubística, um sujeito vinha sendo perseguido por diversos membros de uma torcida (des)organizada.

Alguns deles, inexplicavelmente armados com generosos pedaços de pau.

Ocorre que o tal sujeito, ao ver o ônibus parado no ponto, pulou para dentro do coletivo, pulou a roleta e se abrigou entre os passageiros.

Tão logo o camarada foi identificado por aqueles que o perseguiam, o ônibus começou a sofrer tentativas de invasão e os passageiros testemunharam todo tipo de ameaça.

De fora, os supostos torcedores começaram a balançar o coletivo e a se pendurar nas janelas que estavam abertas.

A confusão só terminou depois que o sinal abriu e o coletivo conseguiu deixar o local.

Felizmente ninguém se feriu no episódio, mas não é preciso ser especialista em segurança pública para avaliar que o final poderia ter sido totalmente diferente.

Sejamos mais tolerantes, minha gente.

Afinal, não faz o menor sentido sair de casa para se divertir e curtir um bom jogo, se no fim isso pode acabar custando a vida de uma pessoa.

Até porque, cá entre nós, o Brasil já tem problemas demais para que nos ocupemos piorando ainda mais a situação...

O vereador Cláudio Damião (PT) podia ser visto na manhã de ontem, 19, próximo à esquina entre a Rua Monsenhor José Antônio Teixeira e a Praça Dermeval Barbosa Moreira, coletando assinaturas para respaldar seu pedido de CPI para investigar procedimentos relacionados à administração municipal da Saúde.

Paralelamente, o parlamentar também vem colhendo diversos depoimentos de cidadãos descontentes com serviços prestados — ou que deveriam estar sendo prestados.

Resta ver se na própria Câmara Municipal a iniciativa terá o apoio necessário para se consolidar.

Para quem não se lembra, ano passado o pedido contou com nove assinaturas, uma das quais — a do atual deputado estadual Wanderson Nogueira — não poderá ser repetida.

Por outro lado, na ocasião o vereador Christiano Huguenin (Solidariedade) — primeiro parlamentar a apontar a necessidade de uma CPI na Saúde — comprometeu-se a assinar o pedido, caso este fosse protocolado no início do ano legislativo, e se propusesse a fazer investigações retroativas ao ano de 2007.

Levando-se em conta que o documento precisa de sete assinaturas, a questão deverá ser decidida pela manutenção ou não das assinaturas dos demais membros das bancadas de centro e oposição.

A conferir.